A retomada das aulas presenciais no Rio, tanto na rede pública quanto na privada, deverá ser feita com turmas menores e com rodízio de alunos para evitar aglomerações. Ainda não há uma data definida para o retorno às escolas, mas a expectativa é de que aconteça de forma gradual, evitando que todas as séries voltem ao mesmo tempo. É possível que as escolas de Maricá sigam futuramente o mesmo exemplo.
A prefeitura do Rio informou nesta sexta-feira, 12, que aguarda orientações do Conselho Nacional de Educação, mas já vem fazendo um planejamento que inclui um protocolo com medidas sanitárias. Iniciativa semelhante foi tomada pelo sindicato das unidades particulares de ensino.
De acordo com o superintendente de Inovação, Pesquisa e Educação da Subsecretaria de Vigilância Sanitária do município, Flávio Graça, não haverá salas cheias. Ele disse à imprensa que as aulas não devem ser retomadas até o fim de julho:
— Nós recebemos uma orientação do Ministério da Educação que coloca o adiamento por mais 60 dias das atividades escolares, avançando até o final de julho. Mas esse plano vai sofrer adaptações em função de diversos fatores.
Graça sugere um rodízio de alunos. Uma turma com 45 estudantes, por exemplo, seria dividida em três grupos. Cada um ocuparia uma sala, mantendo um distanciamento razoável entre seus integrantes. Se isso não for possível, a ideia é intercalar os dias de aula, complementando com o ensino a distância.
O Sindicato de Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) vê com preocupação uma eventual volta às escolas antes do fim da pandemia.
— Para a gente, o retorno às aulas deve acontecer quando houver consenso científico de que o coronavírus não causa mais mal à população em geral. O que importa mesmo é o direito à vida dos estudantes, dos profissionais de educação e dos responsáveis — disse Gustavo Miranda, coordenador diretor do Sepe-RJ.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, a volta às aulas em sua rede será definida em parceria com a pasta da Saúde. Esta, por sua vez, informou que avalia a taxa de ocupação de leitos e a tendência de redução da curva de casos da Covid-19 para traçar uma estimativa de retomada das atividades escolares.