07/09/2022 às 10h01min - Atualizada em 07/09/2022 às 10h01min

Proteção Animal participa de evento de prevenção contra a leishmaniose em aldeia indígena de Maricá

A Prefeitura de Maricá, através da Coordenadoria Especial de Proteção Animal, visitou a aldeia indígena Mata Verde Bonita, em São José do Imbassaí, nesta terça-feira, 06, para acompanhar uma ação de prevenção contra a leishmaniose da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FioCruz).


A doença atinge principalmente cães e é causada por um protozoário transmitido pelo mosquito, conhecido como palha ou birigui, e pode também chegar a seres humanos. Os agentes realizaram exames em alguns dos cães que vivem na aldeia e, inicialmente, nenhum caso foi confirmado.


Um grupo de agentes da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Maricá e integrantes da ONG Hope também participaram da ação. De acordo com o coordenador de Proteção Animal, Fabiano Novaes, os primeiros exames não apontaram a presença do protozoário causador da leishmaniose.

Segundo ele, a aldeia foi escolhida para o monitoramento depois que alguns animais apresentaram lesões na pele e também em razão da grande incidência de cães abandonados pelos donos na comunidade indígena.


“O descarte desses animais é preocupante, porque os expõe a uma possível contaminação e também às pessoas que os cercam. Quem deixa os bichos aqui, supondo que eles estarão melhores, não conhece a realidade dos indígenas. Eles não conseguem dar conta dos cães sozinhos. Um animal deve caber no orçamento de uma família não apenas com alimentação, mas também com prevenção em saúde”, afirmou o coordenador.

A cacique da aldeia, Jurema Nunes, agradeceu pelo trabalho de prevenção realizado e também reforçou o pedido para que as pessoas não abandonem animais nas proximidades da região da aldeia. 


“Fica complicado para nós porque, quando chega um cão aqui, não podemos deixá-lo com fome a ao relento. Além disso, temos muitas crianças que ficam expostas. Por isso, peço que não os abandonem mais aqui”, pediu a líder indígena.


A ação foi comandada pelo coordenador do Programa de Saúde Única da FioCruz, o professor Paulo Lisboa, que junto com sua equipe, levou kits para testagem rápida para verificar se os animais possuem ou não a doença.


“Em Maricá, há poucos casos registrados historicamente porque os cães e gatos daqui são mais de casa mesmo e também porque a presença do mosquito transmissor é bem pequena, mas o número de animais abandonados aumentou muito durante a pandemia, por isso o monitoramento é necessário”, explicou o professor.

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